terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Governo angolano agradece apoio prestado aos refugiados e deslocados

O governo agradeceu sexta-feira, genericamente, o apoio “incondicional e desinteressado” prestado aos angolanos que devido à situação de instabilidade, provocada pelo conflito armado, se viram forçados a abandonar o país e viver como refugiados em outros países. O agradecimento foi expresso pelo ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, que representou o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na Cimeira Especial da União Africana sobre os Refugiados, Repatriados e Pessoas Deslocadas Internamente em África, realizada quinta-feira e hoje em Kampala, Uganda. No seu discurso, o governante lembrou que durante a luta de libertação nacional, Angola também beneficiou da assistência de outros países, particularmente os limítrofes. Segundo sfirmou, os sucessivos conflitos armados que assolaram Angola, durante três décadas, levaram a deslocação forçada de cerca de cinco milhões de pessoas, das quais mais de quatro milhões internamente e as restantes como refugiadas em diversas partes do globo. Com a paz, explicou João Baptista Kussumua, foi possível o regresso às áreas de origem e o início do processo de reconstrução das suas vidas e reintegração social. O enviado do Presidente José Eduardo dos Santos informou ao fórum que para o Governo de Angola, uma reintegração completa e duradoura dos deslocados e refugiados “constitui condição necessária e determinante para a prevenção de novos conflitos em qualquer país”. “Por essa razão, a sua estratégia assenta numa agenda abrangente de reconstrução nacional e de combate à pobreza, materializada através de Programas Provinciais de Melhoria e Oferta dos Serviços Básicos às Populações, que compreende intervenções coordenadas e sustentáveis focalizadas nas áreas de retorno e de reassentamento das populações”, realçou o ministro Kussumua. Na sua intervenção, João Baptista Kussumua referiu que “tendo em conta as lições das situações de pós-conflito em outros países, Angola adoptou medidas para promover uma recuperação socio-económica envolvendo todos os grupos populacionais”, por reconhecer que a ausência de equidade económica, social e política “normalmente favorece o despontar de novos conflitos e ou agravamento dos já existentes”. Segundo indicou, o êxito do programa de reintegração social dos repatriados e deslocados foi possível “devido a observância escrupulosa das Normas sobre o Regresso e Reassentamento das Populações”, o instrumento jurídico regulador estabelecido pelo Governo como “elemento chave” para a organização e dinamização de todo o processo. Na ocasião, considerou fundamental o apoio da comunidade internacional para que os Estados que estão a sair de situações de emergência possam reconstruir as suas comunidades de forma célere e facilitar a reintegração efectiva das pessoas vítimas do deslocamento forçado no esforço de reconstrução socio-económica da Nação. A cimeira analisou fundamentalmente os desafios que o continente africano enfrenta, numa abordagem puramente humanitária, relacionados com a situação dos refugiados, retornados e pessoas internamente deslocadas em África, tendo recomendado uma resposta global ao desafio dos deslocamentos da população, bem como um conjunto de acções que devem ser levadas à cabo pelos Estados, visando melhorar o seu regime de protecção e as necessidades materiais que devem ser adequadamente satisfeitas. Na sequência dos trabalhos, foram aprovados, por unanimidade, a Declaração da Cimeira de Kampala e a Convenção de Kampala para a Protecção e Assistência aos Refugiados, Repatriados e Pessoas Internamente Deslocadas em África. A margem dos trabalhos da Cimeira, o governante angolano foi recebido em audiência pelo Presidente ugandês, Yoweri Musseveni, a quem procedeu a entrega de uma mensagem do seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos. Refugees United Brasil, 23/10/09: http://refunitebrasil.wordpress.

Mais de 140 mil angolanos refugiados de guerra nos países vizinhos – ACNUR

Angola tem cerca de 140 mil cidadãos refugiados nos países vizinhos, a maioria na República Democrática do Congo (RDC), 111 mil, e na Zâmbia, 27 mil, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). A guerra de 27 anos que Angola viveu, entre 1975 e 2002, é a principal razão para que tantos cidadãos angolanos tenham procurado refúgio fora do país, embora tenha igualmente refugiados dos países vizinhos no seu território. Com o apoio do ACNUR, o Governo angolano tem em curso um programa que visa o regresso destes refugiados ao seu país, por fases, sendo que mais de 11 mil oriundos da Zâmbia deverão regressar ainda este ano, segundo o Alto Comissariado. Fonte: European Pressphoto Agency Refugees United Brasil, 13/10/09: http://refunitebrasil.wordpress.com/2009/10/13/mais-de-140-mil-angolanos
refugiados-de-guerra-nos-paises-vizinhos-acnur/

Problemas persistem na fronteira entre Angola e Congo

O número de angolanos que deixaram a República Democrática do Congo (ex-Zaire) está próximo dos 50 mil, apesar do acordo alcançado entre os dois governos para o fim das expulsões e dos repatriamentos recíprocos, informou uma fonte do Executivo de Luanda. Até 13 de outubro, quando Luanda e Kinshasa acertaram posições no sentido de baixar a tensão entre os dois países, Angola tinha registrado cerca de 35 mil angolanos expulsos do Congo. Mas, segundo declarações do ministro angolano da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kossumua, a falta de “confiança” nas autoridades congolesas levou os angolanos residentes no país vizinho que continuassem a fugir. Apesar de não ter terminado a chegada de angolanos oriundos do Congo, a intensidade diminuiu e já não se trata de expulsões, mas de pessoas que resolveram deixar o país onde, em grande parte dos casos refugiados de guerra que ali viviam há décadas. O núcleo do conflito está no fato de Kinshasa ter decidido, em 6 de outubro, retaliar com a expulsão de angolanos pelo repatriamento de dezenas de milhares de congoleses que, segundo alega Luanda, se dedicavam ilegalmente ao garimpo de diamantes nas Lundas, Norte e Sul. Depois disso, os dois governos sentaram-se à mesa na capital congolesa para evitar a piora da situação. O acordo para interromper o fluxo forçado em ambos os sentidos foi conseguido na primeira das duas rodadas negociais, sendo intenção dos dois países conseguir uma acordo migratório duradouro. Diálogo Após o segundo encontro, que levou o ministro das Relações Exteriores angolano a Kinshasa nesta semana, Luanda afirmou pretender o diálogo, mas “sem abdicar” do seu direito de repatriar ilegais do país. Esta focagem do problema incide especialmente quando os ilegais se dedicam a atividades que prejudicam a economia do país, como é o caso do garimpo ilegal de diamantes nas estratégicas províncias das Lundas. Mas Assunção dos Anjos, frisando o direito de Angola proteger os seus recursos estratégicos, visto que os mais de 100 mil congoleses expulsos nos últimos dois anos estavam localizados nas diamantíferas províncias das Lundas, Norte e Sul, reafirmou igualmente a vontade existente de ambos os lados para aumentar o diálogo na questão fronteiriça. Na nova fase das conversações bilaterais, perante da pressão nas fronteiras, a questão humanitária passou para primeiro plano devido aos milhares de angolanos acolhidos em centros improvisados. As associações humanitárias, como a Caritas-Angola e diversas ONGs estão também na região com campanhas de coleta de bens para apoiar estas pessoas que, a cada dia que passa, vêem crescer os seus problemas por causa das chuvas ininterruptas comuns nesta época do ano na região Refugees United Brasil, 27/10/09: http://refunitebrasil.wordpress.com/2009/10/27/problemas-persistem
na-fronteira-entre-angola-e-congo/? 3A+RefugeesUnitedBrasil+%28Refugees+United+Brasil%29

ANGOLA-RD CONGO: Deportaciones recíprocas en cadena

LUANDA, 21 oct (IPS) - Más de 30.000 angoleños están "en tránsito", varados en campamentos a los que fueron deportados desde República Democrática del Congo, mientras crece el temor a que los ataque un brote de cólera a medida que se acerca la temporada anual de lluvias. Las familias en esa condición, dos tercios de las cuales habían sido admitidas como refugiadas en el país vecino, fueron expulsadas a comienzos de mes en represalia por la expulsión desde Angola de 16.000 congoleños --según la estimación de la Organización de las Naciones Unidas (ONU)-- que habían emigrado allí en años recientes. En diversos ámbitos se ha denunciado la violación de muchas mujeres congoleñas en ese proceso, a menudo en el proceso de registro en busca de diamantes de contrabando. Ambos gobiernos acordaron frenar las deportaciones. La atención de las autoridades y de la sociedad civil se centra ahora en la situación de decenas de miles de personas sin techo en el norte de Angola. "No hay letrinas, la gente bebe agua posiblemente contaminada y se vienen las lluvias. Esta es la receta de un desastre", dijo Yolande Ditewig, de la oficina en Luanda del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados (Acnur), quien regresó esta semana de una recorrida por los campamentos en la frontera. "Escasea todo lo imaginable, especialmente alimentos. Muchos campamentistas aseguran no haber comido en días", agregó la funcionaria. El campamento más poblado es el de Mama Rosa, cercano al fronterizo poblado de Luvo, a 70 kilómetros de Mbanza Congo, capital de la septentrional provincia angoleña de Zaire. "Ya se han registrado casos de vómitos y diarrea atribuibles a la mala calidad del agua. Yo misma he visto a varias personas enfermas en sus carpas", dijo Ditewig. La prensa estatal de Angola informó que el gobierno asignó 15 millones de dólares a la tarea de alimentar, entregar documentación y dar cobijo y atención médica a los retornados. El Ministerio de Bienestar y Reinserción Social le solicitó el viernes 16 a Acnur equipamiento médico, utensilios de cocina y 10.000 tiendas de campaña. Varias organizaciones internacionales y agencias de la ONU, incluidas la Cruz Roja, Acnur, el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef) y la Organización Internacional para las Migraciones (OIM) ya tienen equipos operando en el área donde están varados los desplazados. Las agencias ya despacharon a la zona por carretera alfombras, jabón, mosquiteros, telas de nylon y otros artículos no alimentarios, y se aguarda que pronto envíen otras partidas en aviones especialmente contratados. Las agencias, organizaciones y autoridades consideran que es urgente reubicar a los afectados fuera de los atestados campamentos, pero los aspectos sociales de la reintegración también son causa de preocupación. Entre otras razones, porque dos tercios de los campistas estuvieron fuera de Angola tanto tiempo que ni siquiera recuerdan el idioma portugués. "Las familias que reciben a los migrantes de regreso son ellas mismas muy pobres o incluso indigentes", alertó Ditewig. "Muchos carecen de los recursos para alimentar a cinco o diez personas más. El impacto social de este proceso debe ser cuidadosamente supervisado." Este miércoles comenzaron a llegar representantes de la ONU a Luanda para ayudar en la coordinación de las acciones de las distintas agencias. Ojo por ojo Angola comenzó a expulsar inmigrantes congoleños de su territorio en 2003. La mayoría de ellos residían entonces en la rica provincia diamantífera de Luanda Norte, donde, según diversos informes, muchos estaban involucrados en la minería ilegal. Para este mes, los expulsados sumaban 160.000, mientras recrudecían las denuncias sobre violaciones masivas y actos de brutalidad a manos de guardias fronterizos angoleños. Los que son deportados a República Democrática del Congo regresan en busca de trabajo, con frecuencia, pocos días o semanas después. La ONU analiza la situación, pero el bienestar de esos migrantes ha dependido hasta ahora, en gran medida, de agencias de asistencia católicas. Ante las demandas por maltrato de congoleños a manos de guardias de frontera, representantes de la ONU manifestaron su preocupación al canciller angoleño Assunçao dos Anjos. Eso no detuvo la muy promocionada "Operación Limpieza", por la cual Angola deportó en menos de tres días a más de 2.500 inmigrantes del enclave petrolero de Cabinda. A comienzos de este mes, cuando Kinshasa comenzó con sus deportaciones de angoleños en represalia, un equipo de representantes de varias agencias de la ONU e instituciones humanitarias visitó Bas Congo, la región de Angola donde son depositados la mayoría de los expulsados. IPS Noticias, 21/10/09: http://www.ipsnoticias.net/nota.asp?idnews=93684

Médicos italianos não precisam agir como espiões: circular desobriga-os de delatar imigrantes ilegais

Os médicos italianos respiram aliviados. O ministério do Interior divulgou uma circular deixando claro que eles não são obrigados a dar informações sobre imigrantes ilegais que procuram assistência no serviço público de saúde. Dessa forma, termina um episódio que provocou muito mal-estar entre a categoria, que, segundo a lei anticrise, no que dizia respeito à imigração clandestina, estava constrangida a agir como espiã do Estado, delatando os irregulares. O secretário-geral da Associação dos Dirigentes Médicos - Anaao Assomed, Carlo Lusenti – expressou sua satisfação com o reconhecimento, por parte do ministério do Interior, das preocupações da categoria. Há alguns meses, lembrou Lusenti, dissemos que não éramos espiões e hoje estamos orgulhosos de nossa posição como profissionais, com o nosso compromisso e responsabilidade de, todos os dias, tentarmos garantir que todas as pessoas, independentemente de sexo, cor da pela ou da língua, tenham a melhor saúde possível. O imigrante que procurar os serviços públicos de saúde ficam desobrigados de apresentar documentação que comprove a sua condição regular no país. Revista Oriundi, 04/12/09:

España es el segundo país de la Unión Europea con mayor número de inmigrantes

España es el segundo país de la Unión Europea con mayor número de inmigrantes sólo por detrás de Alemania, según un estudio divulgado por la oficina estadística europea Eurostat. El informe señala que en España residen ya 5,3 millones de extranjeros, el 12% de la población. De ellos, la mayoría son marroquíes, ecuatorianos y rumanos. Alemania encabeza la clasificación con 7,3 millones de inmigrantes, mientras que España supera en número de extranjeros a países como Reino Unido, con 4 millones, o Francia, que cuenta con 3,7 millones. La encuesta de Eurostat, elaborada con datos actualizados a enero del 2008, muestra además que Alemania, España, Reino Unido, Francia e Italia concentran el 75% de la población extranjera de la Unión Europea, que supone, con 30,8 millones de personas, el 6,2% de la población total. De esta cifra, 3,2 millones son originarios del continente americano, 4,7 millones proceden de países africanos y 3,7 millones de Asia. Minuto Digital, 17/12/09: http://www.minutodigital.com/actualidad2/2009/12/17/espana- es-el-segundo-pais-de-la-union-europea- con-mayor-numero-de-inmigrantes/

Espanha corta acesso gratuito a saúde e educação para ilegais

MADRI - O governo espanhol aprovou nesta sexta-feira uma reforma da lei de imigração que endurece as condições para os estrangeiros que queiram morar na Espanha e para os que já estão no país. A legislação, a quarta do tipo em oito anos, provocou críticas de organizações de ajuda humanitária, que consideram alguns pontos inconstitucionais. Entre os pontos mais polêmicos da reforma, aprovada pelo Parlamento e depois ratificada pelo governo, estão o fim do acesso gratuito a saúde e educação para imigrantes em situação ilegal e o aumento das punições para quem contratar estrangeiros sem documentos. As multas por contratar um trabalhador irregular subiram de 60 mil euros (pouco menos de R$ 160 mil) para 100 mil euros (aproximadamente R$ 270 mil) em casos graves; e de 6 mil (quase R$ 16 mil) a 10 mil euros (em torno de R$ 27 mil) nos delitos leves. A mudança mais discutida é a que se refere ao reagrupamento familiar. A lei anterior permitia a um imigrante em situação legal requerer a presença, no país, de seus parentes diretos - pais, filhos, avós, irmãos e cunhados que fossem dependentes. Com a reforma, o reagrupamento estará limitado a pais ou avós, desde que sejam maiores de 65 anos e que o imigrante legalizado more na Espanha há pelo menos cinco anos. Já a regularização de filhos passou a ficar inviável. Campanha O ministro de Trabalho e Imigração, Celestino Corbacho, defendeu a nova lei no Parlamento afirmando que ela proporciona "uma política migratória sustentável, integral e integradora". Mas as instituições de ajuda humanitária não estão convencidas. Organizações como a Cáritas, ligada à Igreja Católica, a Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados, sindicatos e ONGs, consideram a lei exclusiva e que ela viola a Constituição do país. Em uma nota à imprensa, o grupo - que se associou na campanha "Aqui não sobra ninguém" - afirmou que a lei "é um retrocesso na defesa dos direitos da sociedade" e que retrata os imigrantes como "mera força de trabalho" e "simples mercadorias". As associações destacam o artigo que acaba com o acesso gratuito dos estrangeiros ilegais aos serviços básicos de saúde e educação, definindo-o como "um limite de inconstitucionalidade". Antes da reforma, um imigrante ao chegar à Espanha podia se inscrever em qualquer posto municipal apenas com o passaporte. A inscrição permitia o acesso a hospitais públicos, escolarizar menores estrangeiros ou nascidos na Europa, e ainda servia como comprovante de entrada no país para uma futura anistia. A nova lei proíbe este registro oficial, o que é visto por associações de ajuda humanitária como um "confronto com a lei de acesso à educação obrigatória de menores". A reforma também introduz o prazo limite de 60 dias de internamento em centros de detenção de ilegais para os estrangeiros pegos nas ruas sem documentos e que não possam ser extraditados imediatamente. Os brasileiros residentes na Espanha atingidos por esta lei podem ser milhares. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (órgão oficial), o Brasil é o oitavo maior coletivo de imigrantes no país, depois da chegada massiva a partir de 2003. A entidade calcula que cerca de 92 mil dos brasileiros estão legalizados. As estimativas do consulado brasileiro em Madri chegam aos 230 mil imigrantes - legais e ilegais. [notícia enviada por Miriam de Oliveira Santos] O Globo, 18/09/09:

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Adolescentes e jovens de hoje têm mais vontade de migrar, diz estudo

A maioria dos jovens uruguaios vive com os pais, sente-se meio protegido pelo sistema de saúde e dialoga com pessoas de outras gerações. Além disso, os adolescentes e jovens de hoje têm mais vontade de migrar. Isto é o que conclui o resultado preliminar da Enquete Nacional de Adolescência e Juventude (Enaj), divulgado na quarta-feira passada (16). Elaborado pelo Programa Infamília do Ministério de Desenvolvimento Social (Mides), de março a setembro de 2008, o relatório contou com a participação de 5.017 adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos residentes nas cidades uruguaias com mais de 5 mil habitantes. De acordo com a Enquete, a maioria dos entrevistados (64,2%) vive com um dos pais, na maioria das vezes (88,3%) só com a mãe. O relatório mostra que o desempenho acadêmico é diferente por gênero, sendo as mulheres as que alcançam níveis educativos mais altos. "Entre os 12 e 14 anos, 43,8% dos rapazes e 53,6% das mulheres aprovaram no nível primário e ingressaram no ciclo básico. Entre os 15 e 19 anos, superaram o primeiro ciclo 37,3% dos primeiros e 49,5% das segundas. No intervalo de 20 a 24 anos, completaram o segundo ciclo ou estão cursando educação superior 32,9% dos rapazes e 43% das mulheres.", afirma. Em relação à saúde, 95,2% dos adolescentes e jovens afirmaram que possuem cobertura médica. Sobre a saúde sexual, a enquete perguntou se alguma vez haviam consultado o ginecologista. Das entrevistadas, 71% afirmaram que haviam consultado alguma vez. A maioria dos adolescentes e jovens (75,6% dos rapazes e 68,4% das mulheres) expressou já haver tido relações sexuais. "Esta diferença vem acompanhada por uma maior precocidade no início da vida sexual por parte dos homens: 50% dos rapazes entrevistados declararam haver tido relações sexuais pela primeira vez aos 15 anos ou menos, enquanto que a média para as adolescentes e jovens é de 17 anos.", analisa. Em comparação com a última Enaj, realizada no ano de 1990, os adolescentes e jovens de hoje têm mais vontade de migrar, passando de 37,1% para 44.6%. De acordo com o relatório, as principais rações para a emigração são trabalhistas e econômicas, relacionadas ao estudo e à formação. A diferença entre homens e mulheres em relação à experiência laboral tem diminuído. Enquanto em 1990 a diferença era de 16,4%, em 2008, esta caiu para 5%. "Na atualidade, uma maior proporção de mulheres tem entrado no mercado de trabalho, em relação ao que sucedia quase duas décadas atrás. A porcentagem de mulheres que declara haver tido um trabalho remunerado de três meses ou mais alcança 93%.", afirma. O resultado preliminar da Enquete Nacional de Adolescência e Juventude 2008 está disponível em: http://www.infamilia.gub.uy/gxpfiles/
ENAJ/ENAJFinal.pdf
22/12/2009 URUGUAI
Adital.com.br/site/notícias

Ex-ministro da Justiça afirma que legislação brasileira de migração é exemplo

O VI Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas: Desafios e Possibilidades, que aconteceu em São Paulo, região Sudeste do País, entre os dias 25 e 27 de novembro, reuniu diversos representantes de entidades governamentais e não governamentais. O objetivo era o de promover um diálogo intersetorial a fim de planejar ações de enfrentamento e repressão ao tráfico de pessoas, e responsabilização de seus autores. Na ocasião, o ex-ministro da Justiça do Governo de Fernando Henrique Cardoso, José Gregori coordenou uma das etapas do módulo ‘Sistema Nacional de Atendimento às Vítimas Traficadas’. Em entrevista à Adital ele comentou, sobre os avanços que o Brasil vem apresentando na luta em defesa aos direitos humanos. "O Brasil tem uma tradição já na questão dos direitos humanos, porque através dos direitos humanos nós saímos de uma ditadura. Foi uma ditadura pesada, uma ditadura que negou quase sempre os direitos humanos", diz. Ele comentou que, desde essa conquista, o país vem se empenhando para fazer valer os direitos humanos dos cidadãos. A conscientização e a luta em prol desses direitos são as principais defesas e apoio para as vítimas do tráfico de seres humanos, um crime, considerado em todo o mundo, como um violador da dignidade da pessoa e de seus direitos básicos de vida. Atual Secretário Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo e Presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos de SP, Gregori reforça ainda que ‘sem a democracia brasileira o Brasil não estaria no patamar que está hoje’. "Quer dizer, a democracia foi o chão em cima do qual está se construindo, há muitos anos, esse novo Brasil". Em relação às leis de migração, Gregori comenta que muitos países da Europa e da Ásia aprenderiam muito com o Brasil, se vissem como o país tem tratado a questão estrangeira na última década. "Os dois últimos governos, cada um deles, deu uma anistia", diz. "E não só deu a anistia como desenvolveu todo um trabalho, como está havendo agora, no sentido de que os estrangeiros usem essa lei, usufruam desse benefício", completou. Mas ele diz que lidar com migrantes não é fácil, já que, "nessa questão estrangeira, às vezes, por razões que a gente tem que compreender, o estrangeiro não quer ser ajudado". Segundo ele, a sociedade civil teve forte participação e contribuição na última lei de anistia relacionada aos estrangeiros e parabeniza o governo brasileiro por ter enviado essa lei. Ele finaliza dizendo que ‘a anistia é resultado de um trabalho conjunto da sociedade civil, dos governos estaduais e municipais, e do governo federal. Esse é um marco que conta ponto para o Brasil. http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim
07-12-2009 BRASIL

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Falta de documentos afecta a miles de migrantes y refugiados en la región

Hoy (18) se celebra el Día Internacional del Migrante. La fecha, dedicada a la reflexión sobre los derechos humanos y la situación de los migrantes en muchos países, todavía está lejos de ser una ocasión para celebrar. De acuerdo con un comunicado divulgado hoy por el Servicio Jesuita para Refugiados de América Latina y el Caribe (SJRLAC), millones de migrantes y refugiados viven como irregulares por falta de documentación, situación que los deja en desventaja en relación con el resto de la sociedad. Por ello, el SJR aprovecha el Día Internacional del Migrante para hacer un llamado a los Estados donde la organización realiza trabajos -Colombia, Ecuador, Haití, Panamá, República Dominicana y Venezuela- para que reconozcan el derecho a la identidad que tienen los migrantes y refugiados. En Colombia, por ejemplo, muchas personas desplazadas internamente no son reconocidas bajo esta condición, lo que, de acuerdo con el SJR, genera un "subregistro por parte de las instituciones del Estado que se encargan de garantizar a estas personas el acceso a sus derechos". Tal situación, según el Servicio, obliga a esas personas a vivir en condiciones de extrema pobreza. En Venezuela, el problema principal está relacionado con los refugiados. Según el comunicado del SJR, hay en el país 14.000 pedidos de refugio. De ellos, de acuerdo informaciones del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados (Acnur), hasta junio de este año, solamente 1.400 obtuvieron respuesta. Ricardo Rincón, presidente de la Comisión Nacional para los Refugiados (Conare), por su parte, contabiliza que el país ya ha reconocido a 2.300 refugiados, cifra todavía pequeña cuando se compara con el número de solicitudes. La situación no es diferente en Panamá. De acuerdo con el comunicado de la organización, los colombianos viven en el país centroamericano bajo la situación de Protegidos Temporales Humanitarios (PTH), sin derecho a la libre movilidad, al trabajo y a los derechos humanos fundamentales. En Haití, país caribeño que más expulsa a inmigrantes y refugiados, no hay una política de Estado que trabaje con la situación de los haitianos que salen del país. "Sin embargo, reconocemos como un marco positivo las recientes declaraciones del primer ministro de ese país, Jean Max Bellerive, que abogó por una responsabilidad nacional y diplomática frente a la migración haitiana hacia República Dominicana y otros países de la región", afirma el comunicado. En República Dominicana, una reforma constitucional aprobó la concesión de la nacionalidad dominicana a niños hijos de inmigrantes en situación regular. Entretanto, la misma reforma excluyó de la nacionalidad a hijos de migrantes irregulares, violando así los derechos de la infancia y aumentando el número de apátridas en el país. Por otro lado, la situación en América Latina y el Caribe no es totalmente mala. El SJR destaca, por ejemplo, el trabajo realizado por el Estado de Ecuador, que otorgó el status de refugiados, a través del Registro Ampliado, a 18 mil colombianos entre los meses de marzo y noviembre de este año. Para el SJRLAC, tal iniciativa debe ser fortalecida y ampliada también a otras nacionalidades que viven en el país. "Es evidente el estado de indefensión en que se encuentran miles de personas en la condición de desplazados, refugio y migración por el no reconocimiento de su status humanitario y el acceso a la identidad ciudadana, situación que afecta gravemente el desarrollo personal y social. En este sentido, el SJRLAC, a fin de superar las causas que generan la situación de falta de documentación, exhorta a los gobiernos de la región a que unan esfuerzos y asuman su compromiso para encontrar soluciones combinadas para esta problemática", concluye el comunicado. 18.12.09 - AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE Traducción: Daniel Barrantes - barrantes.daniel@gmail.com http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=ES&cod=44045

Día Internacional del Migrante. Puentes y no Muros

"Sean tus púas mis alas y mi sangre la herrumbre que te destruya..." (Susana Pérez-Alonso) En el Día Internacional del Migrante, nada hay para celebrar y si, mucho que deplorar. Desde que la ONU proclamó el 18 de diciembre de cada año, para que los gobiernos reflexionen sobre los derechos humanos, libertades fundamentales y formulación de medidas para protegerlos, no se han construido puentes para la migración. En cambio, hay centenares de tumbas olvidadas en las fronteras. Hay 20 muros físicos vergonzantes y otros tantos invisibles, que a nadie, o a pocos, nos interesa derribar. Muros de la intolerancia, discriminación y xenofobia como el de "La Tortilla", tres mil kilómetros de concreto para detener la inmigración ilegal a EE.UU. que ha cobrado 5,600 vidas de personas que intentaban cruzarlo. España tiene su Valla de Ceuta, más de ocho kilómetros de alambrado en Ceuta y 12 kilómetros en Melilla, con barreras de hasta seis metros, cámaras infrarrojas, difusores de gases lacrimógenos, cables trenzados y piquetes de uno a tres metros de altura a su alrededor: 4,000 personas han muerto ahogadas al tratar de cruzar el Estrecho de Gibraltar. En el Sahara Occidental, 2.720 km. de campos minados convierten a Marruecos en una nación sitiada y, el peor de todos, construido por el gobierno Israelí, deja a 360.000 palestinos desconectados de su pueblo y rodeados por un muro de 181 kilómetros, flanqueados por carreteras del apartheid (por las que sólo pueden circular vehículos con matrícula israelí). Son 20 los muros físicos existentes en el mundo que habría que derribar pero, según Julián Saada, de la Agencia de Seguridad Nacional de Estados Unidos, se estima en 178.000 millones de dólares, el costo de asegurar las fronteras, de aquí al 2015. Alguien debería explicarle a los gobernantes de los países ricos, que la seguridad no se consigue con cemento ni alambrados sino con equidad, tolerancia, respeto, puentes y caminos. Los muros construyen odios y conflictos. Muros de papel Muros económicos, ideológicos, culturales y de papel separan a los países del bienestar con los del hambre y la marginación. "El muro más peligroso es el que separa a los ricos de los pobres", dijo el escritor Vaclav Bartusa. Con la reforma de la Ley de Extranjería aprobada por el gobierno de Rodríguez Zapatero, España se convierte en el primer país de la Unión Europea en aplicar, oficialmente, la polémica "ley del retorno" que establece 18 meses de detención para un extranjero sin papeles, a cuyo término, culminado el proceso judicial, el detenido será deportado. Es el muro contra el que se enfrentan más de 700.000 inmigrantes irregulares, entre ellos, unos 10.000 peruanos que pueden ser detenidos cuando, en febrero, entre en vigor la Ley en referencia. A los sin papeles, que son seres humanos con derechos, podrían sumarse quienes no se acogieron al convenio de doble nacionalidad así como los que, habiendo ingresado con visa laboral pierdan sus puestos de trabajo -algo cotidiano en España-, quedando imposibilitados de renovar sus tarjetas de residencia. El vicepresidente del Parlamento Andino, Wilbert Bendezú, advierte que a partir de julio del 2010, unos 200 mil peruanos podrían ser expulsados de la Unión Europea al entrar en vigencia la denominada directiva de "retorno voluntario". Peruanos que se sumarán a los 80 mil 427 que han retornado al país en los últimos tres años, tras radicar cinco años en el extranjero, donde dejaron el fruto de su trabajo y propiedades en muchos casos. Según cifras presentadas en Noviembre por el INEI, en el semestre Enero - Junio del 2009, han retornado 33,701 peruanos del exterior. "Para la Comunidad Andina se está aplicando un Tratado de Asociación, diferente al Tratado de Libre Comercio (TLC), el cual está conformado por tres componentes: político, de cooperación y comercial. En el tema político está enmarcado el asunto de los migrantes", sostiene Bendezú y agrega que "en Europa existen centros de reclusión, que son verdaderos campos de concentración, con 30.000 migrantes presos". Según el embajador del Perú en España, José Luís Pérez Sánchez-Cerro, son cuatro mil 801 los peruanos desempleados en ese país y que voluntariamente podrían acogerse al Plan de Retorno Voluntario. Una luz débil El Congreso de la República aprobó la adhesión del Perú al Convenio de la Apostilla de la Haya -del que participan 90 países firmantes-, a fin de reducir el costo y tiempo de los trámites que realizan nuestros ciudadanos para legitimar sus documentos ante la Cancillería. Esta es una demanda y conquista de los Consejos de Consulta de los peruanos en el exterior planteada en la ultima reunión de Lima en Octubre del 2009. Con la Apostilla de La Haya, que es un sello especial que se estampa sobre un documento para certificar la autenticidad de una firma, se suprime el requisito de legalización diplomática y consular de los documentos públicos que se originen en un país del convenio y que se pretendan utilizar en otro. Los documentos emitidos en cualquier país integrante de este tratado internacional, y que hayan sido certificados por una apostilla, deberán ser reconocidos sin necesidad de otro tipo de autenticación. Saludamos la iniciativa y demandamos una política migratoria acorde con las necesidades del "quinto suyo" de peruanos en el exterior que representan un volumen que supera los tres millones. * Diplomada en Migraciones, Relaciones Internacionales y Globalización en la Pontificia Universidad Católica del Peru 18 de diciembre: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=ES&cod=43942

Lições de Copenhague

O mundo todo está se perguntando pelo alcance dos acordos, ou desacordos, obtidos em Copenhague, na Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP 15). Pela primeira vez, representantes de todos os países do mundo se reúnem, preocupados com as conseqüências do aquecimento global. Ele é causado pelas emissões de dióxido de carbono (CO2), que lançam na atmosfera gases de efeito-estufa, que estão progressivamente aumentando a temperatura média no planeta. Isto traz conseqüências muito preocupantes para as condições de vida. Elas são visíveis, sobretudo pelo derretimento das geleiras, que se constituem na maior reserva de água doce do mundo. Parafraseando a bíblia, como em Jerusalém, em Copenhague também se encontram "representantes de todos os povos, línguas e nações". Mas a reunião das Nações Unidas, por enquanto, se assemelha mais a Babel do que a Pentecostes. Mesmo diante de evidências que saltam aos olhos, está difícil um entendimento mínimo, que estabeleça metas concretas de diminuição dos gases de efeito estufa. Mesmo em meio à espessa neblina produzida pelos muitos interesses contraditórios que se fazem presentes em Copenhague, é possível perceber algumas verdades importantes, nas estrelinhas das discussões. A primeira delas é a urgência de mensurar melhor o alcance verdadeiro da mudança climática. Sobre isto se produz um consenso. Todos estão de acordo em estabelecer o ano de 2020 para conferir como estará a situação do planeta. Esta urgência em voltar a medir a situação revela outra verdade. O aquecimento global é fruto de um processo em andamento. Não é fácil deter uma dinâmica que vem se acentuando há alguns séculos. Alguns até se perguntam se já não é tarde demais para reverter este processo. Neste caso, as condições de vida em nosso planeta teriam seus dias contados. Mas o evidente desacordo em tomar agora medidas imediatas revela que não existe consenso em torno desta previsão mais pessimista. A diferença de interpretação do fenômeno está na base dos desacordos manifestados ao longo de toda a Conferência de Copenhague Independentemente do alcance da COP 15, o certo é que, definitivamente, a questão ecológica passará a ser uma referência indispensável nas projeções do desenvolvimento. A sustentabilidade se constituirá em critério, que necessitará ser urgido e cobrado com rigor. Isto acontecerá na medida em que for crescendo, em todas as pessoas, a consciência da importância de preservar o meio ambiente, e de agir em sintonia com a natureza. Neste ponto, emerge outra verdade, que passa a ser lida de modo diferente. A boa filosofia sempre falava na "lei natural", que devia ser levada em conta pelo correto agir humano. Agora, levamos um susto ao perceber o tamanho das conseqüências do agir humano que não se preocupou com os limites da natureza. Mas o contexto atual leva a entender melhor a tal "lei natural". A natureza não é estática. Ela é dinâmica. Em conseqüência, sua dinâmica interna, sua "lei natural", precisa ser entendida em sua trajetória contínua, em sua velocidade, em seu dinamismo. Precisamos decifrar o que a natureza nos diz na perspectiva de sua evolução, em seu potencial, em sua finalidade. Estamos nos dando conta de que fazemos parte de uma trajetória, embarcados numa "nave espacial" muito mais complexa e mais sofisticada. É indispensável agir de acordo com o "plano de vôo". Ele permite alguma instabilidade, produzida por alguns passageiros irresponsáveis. Mas está na hora de pôr ordem na casa, para salvaguardar sua integridade e prosseguir o seu vôo. Na hora adequada, o piloto avisará a tripulação para preparar o pouso. - Em que aeroporto? http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4159/9/ Escrito por D. Demétrio Valentini 18-Dez-2009 D. Demetrio Valentini é bispo da diocese de Jales. Website: http://www.diocesedejales.org.br/

Nordeste lidera ranking das emigrações entre regiões do país

População do Sudeste é 2º grupo que mais deixou região de nascimento. Movimento foi mais forte no país nas décadas de 60 e 70, diz especialista. A população nordestina representa o maior contingente de emigrantes do país, com 10,5 milhões de pessoas nascidas no Nordeste que deixaram a região em 2008. O número corresponde a 53,4% do total de emigrantes. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2009 analisa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgados em setembro. O Sudeste, ainda segundo o estudo, é a região que mais atrai os emigrantes nordestinos. Quase 67% deles estavam na região em 2008. O total de migrantes entre as regiões do país, em 2008, foi de 19,7 milhões de pessoas. Apesar da grande quantidade de emigrantes, esse movimento tem perdido força nos últimos anos. "Esses movimentos migratórios foram mais fortes durante as décadas de 60 e 70, quando São Paulo estava em pelo desenvolvimento e a construção civil conseguia absorver toda essa mão-de-obra nordestina. Com o passar dos anos, nota-se a diminuição nesses fluxos porque a construção civil já não tem tanta capacidade de absorver tanta gente, e cada vez mais se precisa de mão de obra qualificada", diz ao G1 Fernando Albuquerque, componente da Dinâmica Demográfica, do IBGE. Entre 1986 e 1991, ainda segundo Albuquerque, mais de 5 milhões de pessoas moravam em Unidades da Federação diferentes da sua de nascimento. Entre 2003 e 2008, esse número caiu para cerca de 3 milhões de pessoas. "Isso ocorre porque os programas sociais têm conseguido manter a população em seu estado de nascimento e porque, cada vez mais, essa população migrante tem dificuldade de se integrar no novo estado. Há cada vez mais casos de pessoas que deixaram seus estados e depois retornaram", afirma. A população do Sudeste é o segundo grupo que mais deixou a região de nascimento (20,5% do total de emigrantes), dirigindo-se, em sua maioria, para a Região Centro-Oeste (35,8%). Segundo o IBGE, isso ocorre, provavelmente, devido ao crescimento de Brasília e dos movimentos de ocupação das fronteiras agrícolas. De acordo com o levantamento, a distribuição da população de residência atual segundo o lugar de nascimento, em 2008, se consideradas as regiões do país, mantém as mesmas tendências verificadas no início da década de 1990. As regiões Nordeste e Sul, com 97,2% e 94,1%, respectivamente, são as que apresentam as maiores proporções de população natural, isto é, população residente cujo local de nascimento ocorre na própria região. O Centro-Oeste tem o menor índice de população natural (69,5%) e, portanto, o maior de migrantes (30,5%). O estudo aponta ainda que, das 704 mil pessoas que vieram de países estrangeiros, 70,3% tiveram como destino a Região Sudeste. Com exceção da Região Norte, que tem o maior fluxo de emigrantes se dirigindo para o Centro-Oeste, os emigrantes de todas as regiões, inclusive país estrangeiro, tinham a Região Sudeste como local de maior atração. Globo.com, 09/10/09: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1333211-5598,00-

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ONU mostra alarme com ataques a estrangeiros na África do Sul

Os ataques contra estrangeiros na África do Sul são "muito alarmantes", disse na quinta-feira, dia 10 de dezembro, a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay. Pillay, que também é sul-africana, disse ser preocupante que a África do Sul que deixou o apartheid (governo de minoria branca) apenas em 1994 e se orgulha de ser um modelo de democracia desde então - não consiga proteger os residentes estrangeiros. "Novas formas de xenofobia estão em ascensão, em especial contra refugiados e migrantes. Ataques contra estrangeiros na África do Sul e em outros lugares são muito alarmantes", disse Pillay. Ao menos 42 pessoas morreram e dezenas de milhares de estrangeiros ficaram desalojados no ano passado em tumultos por causa de empregos e da criminalidade crescente na maior economia da África. Outros distúrbios menores por causa de empregos e da precariedade dos serviços de saúde e saneamento básico vêm ocorrendo desde então na África do Sul. No mês passado, 2.700 zimbabuanos que buscavam asilo tiveram de montar acampamentos de segurança temporários em áreas rurais após ataques. A África do Sul receberá visitantes de todas as regiões do mundo no ano que vem, quando sediará a Copa do Mundo de futebol entre 11 de junho e 11 de julho. Pillay pediu que o governo ratifique a convenção da ONU sobre proteção de migrantes e suas famílias. "Os governos deveriam ratificar isso e aprovar legislação apropriada para implementá-la", disse ela por ocasião do 61o. aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. O ministro da Justiça sul-africano, Jeff Radebe, disse que os ataques a migrantes eram uma "vergonha" para todos os sul-africanos e disse que promotores e tribunais especiais foram disponibilizados para confrontar o problema.
FONTE:http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4150448-EI294,00-ONU+mostra+alarme+com+ataques+a+estrangeiros+na+Africa+do+Sul.html

De olho nas remessas africanas

O dinheiro enviado pelos que deixaram o continente para seus familiares representa um nicho de mercado em constante alta e contribui de maneira decisiva para a renda nacional. Os bancos internacionais parecem querer transformar essas transferências numa “solução milagrosa” para a miséria local "Em todos os países da África subsaariana, o capital humano é mais importante que o capital financeiro, porque pode ser transformado em desenvolvimento de fato. Porém, se não modificarmos a estratégia, podemos enviar todo o dinheiro do mundo à África e o continente continuará pobre” [1], afirma Ravinder Rena, do Instituto Eritreu de Tecnologia. Todos os anos, 200 milhões de imigrantes espalhados pelo planeta enviam mais de US$ 300 bilhões aos seus países de origem. Destes, cerca de US$ 20 bilhões provêm somente de trabalhadores africanos no exterior [2], que aumentaram em 55% suas remessas financeiras, desde o início do século 21. As instituições criadas pelo acordo monetário de Bretton Woods e os governos ocidentais demonstram particular interesse nesses bilhões de dólares encaminhados à África. De acordo com diversos relatórios oficiais [3], esses fundos constituiriam fontes de financiamento mais seguras e estáveis que os investimentos do setor privado e da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD). Em certos Estados africanos, esse fluxo financeiro pode, de fato, representar até 750% da APD. Em Cabo Verde, por exemplo, o capital enviado pela diáspora alimenta um quarto da atividade econômica. O Banco Nacional de Gana, por sua vez, estima que o dinheiro dos imigrantes seja equivalente a 20% do montante das exportações do país. E muitos deles nem estão em lugares tão distantes: no Lesoto, 30% do Produto Interno Bruto (PIB) vêm de transferências efetuadas por trabalhadores radicados na vizinha África do Sul, principal receptora de imigrantes do próprio continente. Mas é na Nigéria, espelho do melhor e do pior da África, que o fenômeno parece mais marcante. Um em cada cinco imigrantes africanos é nigeriano. Eles estão na ponta de uma rede comercial e empresarial espalhada de São Paulo a Houston, de Londres a Dubai, de Nova Déli a Hamburgo e de Londres a Atlanta. Nos últimos dez anos, nada menos do que US$ 28 bilhões teriam sido enviados por nigerianos no exterior a seus irmãos, familiares e associados. Segundo o Banco Mundial, mais de US$ 3 bilhões foram transferidos para o país apenas em 2007 [4]. A Nigéria representa, sozinha, 30% das remessas via agências Western Union implantadas na África subsaariana. O First Bank, titular da franquia da Western Union no país, abriu mais de 200 agências cuja função central é a gestão desses fundos e transferências. “É claramente a principal atividade do nosso banco”, reconhece Bola Adebanjo, um dos responsáveis locais. Esse filão atraente impulsiona outras redes bancárias nigerianas a estabelecer parcerias com sociedades de transferências de fundos, como fez o United Bank of Africa com a norte-americana Moneygram, em 2007. Embora vultosas, as remessas, contudo, não têm impacto na macroeconomia desses países — principalmente se levada em conta a perda de mão-de-obra que a imigração representa para esses países O antigo embaixador dos Estados Unidos na Nigéria, Howard Jeter, considera que o país “deveria dar o exemplo e elaborar políticas que busquem associar seus conterrâneos no estrangeiro”. De fato, diz ele, “a diáspora africana tem grande potencial financeiro, técnico e intelectual. A África deve explorar esses recursos humanos e materiais para se fortalecer frente aos desafios do desenvolvimento, da degradação do meio-ambiente, da segurança alimentar, do abastecimento de energia, do vírus da Aids e do crescimento econômico justo” [5]. Porém, ao tentar inserir esses trabalhadores o máximo possível nos circuitos bancários, o mundo ocidental simplesmente impele que “os países em desenvolvimento paguem eles mesmos pelo seu desenvolvimento” [6] — e ainda abocanham uma porcentagem do montante (veja boxe). Um relatório conjunto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Ministério da Economia, das Finanças e do Emprego francês, publicado em janeiro de 2008 [7], estudou a situação de cinco nações que “têm em comum laços migratórios e históricos com um mesmo país desenvolvido, a França”. A enquete, realizada no Senegal, Mali e Ilhas Comores, entre outros, envolveu duas mil famílias que vivem na África. O levantamento observou que, em 2005, 449 milhões de euros teriam sido transferidos para o Senegal (o que significa 19% do PIB e 218% da APD desse país); 295 milhões de euros para o Mali (11% do PIB e 79% da APD) e 70 milhões de euros para as Ilhas Comores (24% do PIB e 346% da APD). De acordo com o estudo, as famílias beneficiárias desses fundos teriam uma renda mensal superior à média nacional. Essas remessas, contudo, não têm impacto real na macroeconomia desses países. Assim como as propagandas angelicais da Western Union, o grande interesse no dinheiro da imigração africana parece ocultar o fato observado por Jean-Pierre Garson, especialista em questões migratórias na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): “O impacto sobre o desenvolvimento é discutível, principalmente se levada em conta a perda de mão-de-obra que a imigração representa para esses países”. É certo que as transferências tiram da extrema pobreza aqueles que permaneceram em seus países de origem. Ao mesmo tempo, porém, as remessas se configuram como uma situação de dependência em relação ao exterior. Além disso, uma ínfima parte desse dinheiro realmente é investida em atividades geradoras de renda. Segundo Rena, “as transferências não contribuem para o desenvolvimento porque não são usadas como investimento. Na maior parte do tempo, servem a atividades improdutivas (transporte, amortização de dívidas, moradia, compra de propriedades). Algumas vezes, também são gastas em consumo ostentatório” [8]. As despesas cotidianas correspondem, assim, a até 80% desses fundos. O restante é destinado ao sonho de qualquer ser humano: uma casa. Em Gana, de acordo com uma equipe interdisciplinar de pesquisadores, esse fenômeno alimenta a especulação imobiliária: “As compras dos imigrantes contribuem com o aumento dos custos de acesso à moradia da população local com rendas mais modestas. Os proprietários preferem vender àqueles que vivem no exterior, porque podem pagar preços mais elevados e em dinheiro” [9]. Reduzir as remessas e orientá-las para projetos de investimentos duráveis, assim como favorecer uma utilização “mais produtiva” dos fundos são ambições declaradas da nova política francesa de co-desenvolvimento e gestão dos fluxos migratórios. Em Paris, a estratégia é ajudar os candidatos à imigração a ficar em seus países e canalizar os recursos dos já imigrados para projetos na área de saúde, educação e criação de empresas em suas nações de origem. Esse é um dos pontos aprovados na lei de 24 de julho de 2006 e no decreto de 19 de janeiro de 2007 pelo Estado francês. De acordo com essas regulamentações, os bancos oferecem aos clientes uma conta especial – poupança e co-desenvolvimento – com dedução fiscal de 25%. A modalidade é proposta a imigrantes regularizados que desejam investir em seu país de origem, seja na criação ou retomada de empresas, microfinanças, imóveis comerciais, resgate de fundos de comércio etc. Outro produto, a caderneta de poupança co-desenvolvimento, deverá, em breve, “permitir ao imigrante constituir uma poupança que, posteriormente, dará direito a uma gratificação, caso seja contraído um empréstimo com objetivos de investimento”. As intenções reais dos autores dessas medidas, no entanto, não escaparam a certos africanos, como o jurista Armand Adotevi, do Benin, que faz um comentário irônico a esse respeito [10]: “Ao perceber que essas remessas poderiam ser uma fonte de captação de recursos e rendimento por meio de instituições do mercado financeiro a curto e médio prazo, em benefício da economia francesa, o mestre anuncia ao aprendiz – usando armadilhas perspicazes como abatimento de impostos e dobrando ou triplicando os interesses cumulativos da poupança – o que é bom para este último e seu país, contornando de maneira insidiosa seus compromissos de auxílio ao desenvolvimento”. E questiona: “Já se viu autoridades políticas africanas intimarem europeus? Pessoas físicas ou jurídicas estabelecidas em países da África, usam a renda que conseguem no continente e se repatriam imediatamente à Europa”? Esses dispositivos perpetuam mecanismos desiguais de economia e comércio mundial, fornecendo um álibi àqueles que relutam em financiar o auxílio ao desenvolvimento. Além disso, desresponsabilizam as instituições financeiras internacionais e os países ricos ao transferirem o peso das misérias do mundo aos que se submetem a essas medidas. A pobreza não será erradicada, mas simplesmente reduzida pelas transferências de fundos dos imigrantes. Ademais, a crise financeira poderá colocar em questão essa nova “visão estratégica”, ao reduzir consideravelmente essas remessas. MERCADO PROMISSOR As transferências de dinheiro fizeram a fortuna das grandes empresas do setor, como a transnacional americana Western Union. Até os anos 2000, face à restrita penetração bancária na África, as sociedades de transferência de fundos foram, de fato, as primeiras a se beneficiar dos fluxos financeiros das remessas, facilitados pela liquidez dos serviços oferecidos, pela flexibilização das regras bancárias e, principalmente, pela explosão da internet e da telefonia móvel. A Western Union controla quase 20% dos depósitos oficiais efetuados por trabalhadores imigrantes no mundo. A maioria das instituições de microfinança utiliza essas redes. É um verdadeiro tesouro. Segundo o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a cada US$ 100 dólares enviados pelas vítmas da diáspora, em média US$ 19 dólares são gastos com as taxas de transferência. As altas comissões, no entanto, acabam por dissuadir uma parte desses imigrantes de recorrer ao circuito oficial e incitam a utilização de uma miríade de agências. Um exemplo são as transferências da rede Hawala [11], organizadas por agências nigerianas e paquistanesas ou ainda pelos serviços da agência ganense Maggie Gold, que propõe aos homeboys – filhos da mais antiga diáspora africana e hoje residentes no Reino Unido – o envio de dinheiro quase instantâneo para Acra, a capital de Gana. O aumento da fiscalização sobre as transferências modificou o curso dessas operações desde 11 de setembro de 2001. Os mecanismos se tornaram mais complexos e praticamente empurraram os imigrantes para as multinacionais do setor. Entre as agências mais visadas por esse controle está justamente a Hawala, suspeita por Washington, de ser um dos canais informais de financiamento do terrorismo. Até 2001, metade das remessas de dinheiro feitas por imigrantes africanos estava fora dos circuitos oficiais. Desde então, sublinha o BAD, “foi possível observar uma progressão da ordem de 15% por ano do mercado formal de transferências. Essa evolução não remete nem a uma progressão espetacular das somas totais enviadas individualmente, nem ao envelhecimento da imigração. Deve-se, essencialmente, ao crescimento do número de sociedades de transferência de dinheiro nos últimos anos: 35% a 70% por ano e por país (porcentagens acima da média do mercado). Essa progressão se deve à apropriação de parte do mercado informal”. No leste da África, os progressos tecnológicos em telefonia e criptografia geraram novas formas de transferências de dinheiro não-materiais, como o sistema M-Pesa, criado pela companhia queniana Safaricom. “Enviar e receber dinheiro custa em média US$ 1 dólar . É preciso ter um chip GSM para se beneficiar de uma conta M-Pesa”, explica o jornalista Moin Siddiquim. “Um menu de transferência de fundos permite a gestão das contas. Para evitar fraudes, são utilizados códigos que restringem o acesso do serviço ao titular da remessa”, diz ele. Duas semanas depois de seu lançamento, em março de 2007, a M-Pesa contava com mil clientes. Mais de US$ 100 mil dólares já haviam sido transferidos. Hoje, 2 milhões de quenianos clientes desse banco virtual movimentam cerca de 100 milhões de shillings por dia. A Safaricom pretende agora ampliar sua cobertura para a Tanzânia e Uganda, em associação com outras companhias de telefonia. (ACR e JCS) FONTE: http://blog.controversia.com.br/2009/04/03/de-olho-nas-remessas-africanas-2/

Mundo tem 214 milhões de imigrantes

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou no dia 10 de dezembro de 2009 que há 214 milhões de imigrantes no mundo, a maior quantidade de pessoas nesta situação já registrada. Além disso, a esse número é preciso somar 700 milhões de deslocados internos. "Nunca tinham sido registradas tantas migrações de pessoas na história", disse em entrevista coletiva o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing. Entre as causas deste aumento, Swing citou o crescimento demográfico, a melhora do transporte, a globalização econômica, mas também os conflitos armados e as catástrofes naturais. O diretor-geral lembrou que a mudança climática é uma importante causa da migração e ressaltou que, segundo as previsões, até 1 bilhão de pessoas poderiam se ver obrigadas a migrar por causa da mudança climática até 2050. Para fazer frente a estas novas ondas de migrações, o diretor da OIM defendeu que o foco não deve estar voltado para endurecer as condições de concessão de vistos, mas para desenvolver uma melhor política de integração. Além disso, lamentou que o fechamento das fronteiras possa favorecer a entrada de imigrantes no tráfico de drogas e em redes criminosas. Sobre os países receptores, Swing lembrou que os imigrantes cobrem alguns postos de trabalho que a população local rejeita e que, se as fronteiras fossem fechadas, ficariam desocupados, "o que teria consequências negativas no crescimento dos Estados ricos". Do mesmo modo, o trabalho dos imigrantes no exterior também repercute em seus países de origem, já que a estimativa é de que tenham recebido US$ 300 bilhões de expatriados em 2008. No entanto, o Banco Mundial (BM) calcula que este número possa cair entre 9% e 10% este ano devido à crise. Fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4150086-EI294,00-Mundo+tem+milhoes+de+imigrantes+diz+organizacao.html