quinta-feira, 28 de julho de 2011

Imigração alemã no Brasil

Entrevista especial com René E. Gertz Considerado o berço da imigração alemã no Brasil, o município de São Leopoldo celebra, segunda-feira, 187 anos da colonização alemã na região. Em 25 de julho de 1824, chegou à cidade a primeira leva oficial de imigrantes para povoar o país com seus hábitos e costumes e desenvolver a agricultura. Influenciadores na formação religiosa brasileira, os imigrantes alemães, diz o historiador René Gertz, "foram os primeiros a trazer para este país e para este estado contingentes significativos de protestantes. Apesar de todos os esforços, os luteranos, até hoje, continuam sendo predominantemente pessoas com sobrenome alemão”. O modelo colonizador dos alemães, segundo o pesquisador, ainda gera debates entre os historiadores, que questionam, inclusive, as práticas agrícolas adotadas à época. Eles questionam "se os agricultores de origem alemã realmente contribuíram para a modernização agrícola do estado. Alguns historiadores jovens, inclusive, os acusam de terem sido responsáveis pela destruição da natureza. Comerciantes, por sua vez, foram acusados de gananciosos, e industriais de exploradores de mão de obra”. Em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, Gertz enfatiza que, ao analisar a história de imigrantes, "o verdadeiro reconhecimento deve ser feito por cada um, olhando para as obras efetivas do próximo, reconhecendo-o não por aquilo que ele diz ter feito ou por aquilo que outros dizem que ele fez ou deixou de fazer, mas por aquilo que cada um enxerga com seus próprios olhos, diante de si”. Graduado em História pela Unisinos, Gertz é professor nos Departamentos de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. IHU - Unisinos Instituto Humanitas Unisinos

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Brasileiros foram os mais barrados nas fronteiras aéreas da UE

Os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia em 2010 e o sexto grupo com mais permanências ilegais detectadas. Marcia Bizzotto De Bruxelas para a BBC Brasil Atualizado em 27 de junho, 2011 - 08:06 (Brasília) 11:06 GMT De acordo com a agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, no ano passado 6.072 brasileiros foram barrados pelas autoridades europeias ao tentar entrar no bloco por via aérea, o equivalente a 12% do total de entradas recusadas. Notícias relacionadas  UE permitirá fechamento de fronteiras para evitar enxurrada migratória  Crise na Espanha empurra imigrantes latino-americanos para o Brasil  EUA pedem desculpas por erro em sorteio de vistos para imigrantes Tópicos relacionados  Imigração,  Brasil,  União Europeia Quase 30% dos casos envolvendo brasileiros ocorreu na Espanha, onde 1.813 pessoas foram enviadas de volta ao Brasil principalmente por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estadia no país. Os brasileiros também foram os mais barrados nos aeroportos da França em 2010, com 673 casos. Queda O Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus desde que a Frontex começou a contabilizar o dado, em 2008, mas a agência destaca que o número de casos caiu 24% no ano passado em relação a 2009. “A razão está relacionada à crise econômica. Com menos oportunidades de emprego, a UE se tornou um destino menos atrativo para os imigrantes. Por isso houve uma queda significativa no tráfego aéreo para a UE, inclusive a partir do Brasil”, explicou à BBC Brasil Izabella Cooper, porta-voz da Frontex. Em segundo lugar, muito atrás do Brasil, estão os Estados Unidos, com 2.338 cidadãos barrados às portas da UE em 2010, o equivalente a 4,8% do total, seguidos de Nigéria, com 1.717 barrados, e China, com 1.610. Apenas outros dois países latino-americanos estão entre as dez nacionalidades mais recusadas nas fronteiras aéreas europeias: Paraguai, em sexto lugar, com 1.495 entradas negadas, e Venezuela, em décimo, com 1.183. De maneira geral, considerando também fronteiras terrestres e marítimas, os brasileiros foram a quarta nacionalidade mais recusada pela UE no ano passado, com 6.178 negativas, o equivalente a 5,7% do total. Em primeiro lugar ficaram os ucranianos, que responderam por 17% do total, com 18.743 negativas, seguidos de russos, com 9.165 negativas, e sérvios, com 6.990. Ilegais detectados No ano passado a Frontex também detectou 13.369 brasileiros vivendo ilegalmente em algum país da EU, a maioria deles em Portugal, Espanha e França. O número representa 3,8% do total de residentes ilegais identificados no bloco em 2010 e coloca o Brasil na sexta posição da lista, liderada por Marrocos, com 6,3% do total. Na frente dos brasileiros também ficaram os cidadãos do Afeganistão, Albânia, Sérvia e Argélia. Nenhum outro país da América Latina figura entre os dez primeiros entre as nacionalidades com mais ilegais detectados.
brasileiros_barrados_ue_bizzotto_rw.shtml

Nova lei de imigração na Espanha facilita deportações e pune ajuda a ilegais

Para ONG, nova lei 'desrespeita
todos os direitos básicos' dos imigrantes
Ajudar um imigrante ilegal na Espanha pode
custar caro: até R$ 230 mil de multa para
quem der abrigo, comida e trabalho a estrangeiros sem documentos.
A nova lei de imigração que entra em vigor nesta quinta-feira chega em meio a polêmica;
alguns alegam que ela pune a solidariedade e aumenta as vias de deportação. Imigração  Brasileiros foram os mais barrados nas fronteiras aéreas da UE  UE permitirá fechamento de fronteiras para evitar enxurrada migratória Tópicos relacionados  Europa,  Internacional A legislação tem 264 artigos e já começa com muitas reclamações de ONGs,associações humanitárias e consulados. A principal crítica é que a norma visa facilitar as expulsões. Entre as medidas mais polêmicas da Lei Orgânica sobre Direitos e Liberdades de Estrangeiros
na Espanha estão as multas por ajudar imigrantes em situação ilegal e os novos sistemas para renovação de licenças de residência e trabalho. Um empregador que der trabalho a um estrangeiro sem documentação cometerá infração muito grave, punida com multa entre R$ 130 mil e R$ 230 mil e com os custos da deportação do trabalhador
_ilegaisespanha_ai.shtml 30 de junho de 2011

Crise derruba fluxo de brasileiros 'legais' para países ricos, diz OCDE

O fluxo de entrada de imigrantes brasileiros em situação legal nos países avançados que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu quase pela metade entre 2006 e 2009, ano marcado por uma grave recessão nas economias ricas. A informação foi dada à BBC Brasil pelo economista Jean-Christophe Dumont, da OCDE, um dos autores do estudo Perspectivas das Migrações Internacionais, divulgado nesta terça-feira e que traça um panorama da imigração legal absorvida pelos 34 países da organização. Imigração  Nova lei de imigração na Espanha facilita deportações e pune ajuda a ilegais  Brasileiros foram os mais barrados nas fronteiras aéreas da UE  Crise na Espanha empurra imigrantes latino-americanos para o Brasil Tópicos relacionados  Economia,  Europa,  Internacional No entanto, o número relativo ao fluxo de imigrantes brasileiros nos países avançados não consta do relatório da OCDE publicado nesta terça-feira e foi levantado a pedido da BBC Brasil. Segundo Dumont, a entrada de imigrantes brasileiros nos países da OCDE, que foi de 100 mil pessoas em 2005 e 2006, atingiu o pico de 101,8 mil em 2007 e caiu para 81,7 mil em 2008 e 53,5 mil em 2009. Esse número inclui sobretudo pessoas que foram trabalhar ou estudar nos países que fazem parte do grupo. "A queda no número de brasileiros, que entram de maneira temporária ou permanente, se deve sobretudo a diminuição da imigração para a Espanha e Japão", diz o economista. No Japão, o total de brasileiros que ingressaram de maneira legal no país despencou de mais de 30 mil em 2006 (em 2007 o número havia sido de 25 mil) para pouco mais de 3 mil em 2009. O Japão também lançou em abril de 2009 um programa de retorno voluntário para os imigrantes desempregados descendentes de japoneses, oferecendo ajuda financeira para a volta ao país de origem
2011/07/110712_crise_imigracao_brasileiros_df.shtml?s

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Alegria e tristeza de um novo país africano

Às véspers de se tornar independente do Sudão, o Sudão do Sul celebra a alegria de hastear a própria bandeira após décadas de guerra que devastaram a região. O futuro, porém, se anuncia difícil para aquela que será, a partir de sábado, a 54ª nação da África. O novo país, com um percentual de pobreza de 90% da população, nasce com desafios gigantescos também em outrs áreas. Precisará conseguir que os políticos e as forças de segurança sejam mais responsáveis, construir escolas, alimentação, estradas e hospitais, melhorar significativamente a saúde. Joe Feeney, que dirige o programa de desenvolvimento da ONU no Sul, afirma: "Temos enormes expectativas, mas também desafios a superar".
FONTES: ZERO HORA, 6 de julho de 2011. IBGE, Ipea, Fundação Abrinq-Save The Children

Boas - Vindas aos estrangeiros!

Foi aprovado ontem, dia 05 de julho na Asembleia Legislativa uma Lei que permite estrangeiros no serviço público - eles poderão fazer concursos ou assumir cargos em comissão - , o governador Tarso Genro pretende qualificar as relações internacionais, suprir carências de mão de obra e emplacar um novo discurso: a valorização daqueles que escolheram o Estado para viver. No Parlamento, parte da oposição apontou críticas. Porto Alegre, 06 de julho de 2011.
Fonte: ZERO HORA pág. 6 paulogermano@zerohora.com.br