A hospitalidade para com os haitianos: quão humana é a nossa sociedade?
A hospitalidade para com os haitianos: quão humana é a nossa sociedade?
Leonardo Boff
O
drama das centenas e centenas de haitianos, vítimas de devastador terremoto,
que, via o estado do Acre, buscam hospitalidade no Brasil,
representa um teste de quanto humana é ou não é a nossa sociedade. Não queremos
nos restringir somente aos haitianos, mas aos tantos que são expulsos de suas
terras, posseiros, indígenas, quilombolas e outros, pelo avanço do agronegócio,
ou desalojados como recentemente os do prédio da OI no Rio de Janeiro e que
tiveram que se refugiar na praça da Catedral da cidade. Organismos da ONU nos
dão conta de que existem no mundo mais de cem milhões de refugiados, seja por
guerras, por problemas de fome ou climáticos e outras causas semelhantes. Quais
Abraãos, andam por ai buscando quem os acolha. E quantas naves são rejeitadas
tendo que vagar pelos mares no meio de todo tipo de necessidades e
desesperanças.
A
hospitalidade é um direito e um dever de todos, pois todos somos filhos
e filhas da mesma Terra.
Basta
lembrar os refugiados de África que chegam à ilha italiana de Lampeduza.
Receberam a solidariedade do papa Francisco, ocasião em que fez as mais duras
críticas à nossa civilização por ser insensível e perder a capacidade de chorar
sobre a desgraça de seus semelhantes. Todos estes padecem sob a falta de
hospitalidade e de solidariedade.
No Brasil, nos jornais mas especialmente na mídias sociais,
se deslanchou acirrada polêmica sobre como tratar os haitianos desesperados e
depauperados que estão chegando ao Brasil.
Fonte
do artigo:
http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2014/05/05/a-hospitalidade-para-com-os-haitianos-quao-humana-e-a-nossa-sociedade/
http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2014/05/05/a-hospitalidade-para-com-os-haitianos-quao-humana-e-a-nossa-sociedade/